segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Judo e nossas vidas

Por Pedro Bosco

O cumprimento é a faísca que inicia o Randori. É muito importante que seja feito atentamente, estreita-se o laço com a luta, e o foco na atividade é resultado disso.
Nunca devemos sentir que nosso adversário é um inimigo, alguém que é ou será melhor que você depois de te derrubar (o mesmo vale para o contrário).
Mesmo em competições, onde o "vencer" por pontuações convencionadas, a disciplina de esquecer o "ele", é essencial.

Pelos escritos de Jigoro Kano, em sua obra "Energia mental e física", a ênfase nesse aspecto é relevante.

“Nossos braços são movidos pelo deslocamento do corpo do adversário. Como se dele fizessem parte”. - Jigoro Kano

Na prática do Judo, no total, os resultados individuais (moral; intelectual; físico - crescente e equilibrado) são reflexo deste trabalho, por isso a disciplina existente desde o adentrar o tatame, durante os treinos e ao sair, condicionam nossa mente. Devemos decorar cada gesto, entendendo sua importância. (a consciência e o coração, no sentido da vivência da coisa, são unos neste estado).

A Arte do Judo é um excelente mecanismo para qualquer cidadão do Planeta Terra. Tratando todos com respeito, não com medo ou prepotência, a "paz perpétua pelo uso da razão", como diria o filósofo Immanuel Kant, será atingida, assim é a luta, um preparador de nossas vidas para utilizarmos na sociedade.

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